segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Noite (que és tu)

Vejo em ti a noite
ou será a noite que vejo em ti?
Tu és noite e a noite é em ti.

Tens ébano como ela e ela tem os teus olhos. Sim. São cópias as luzes dela, meras cópias sem fim.
Ela traz-te a mim, tu és nela
E ela em ti.

Olho para a lua e não a vejo. É uma violeta que paira no céu. E as sombras nas curvas são as tuas. Aqui e ali és tu, estás comigo, mesmo longe. Chegas a casa quando te elevas no céu, áurea, argêntea. E eu recebo-te de braços abertos e um fogo no meu peito.

Levo-te a passear pelas tuas curvas e olho-te com novos olhos. Na escuridão clara está o teu rosto e depois o teu sorriso. Mais tarde, no breu, vejo-te ainda. Mas segues à minha frente e a tua prata se não mostra.

Guardo-te num quarto de dossel e veludo. Quente, com pêlo lanudo. Dá-me um cadeirão em ti, à tua frente. Não quero passar sem ver-te.

A noite que és tu.

2 comentários:

Crawler Claw disse...

faz-me lembrar coisas minhas...amei <3

PayNe disse...

Crawlieee!! :3 *saudade*

Obrigado *blushes*