Sou como o tempo. Como Chronos. Dou luz e sorrisos a quem conheço. Sou um pilar onde se apoiam, um escutador nato, portador de palavras e gestos calmantes. Um Pacificador até.
E sou o contrário de tudo isso também.
Volta e meia trago lágrimas agarradas no meu andar, deixo mágoa aqui e ali, profiro palavras afiadas como facas.
Quem diria que sou tão perigoso? Tigre enjaulado.... Pior... Porque o tigre apenas quer a sua liberdade.
Que quero eu? Ainda estou para descobrir se companhia, se solidão. Talvez nenhuma das duas. Mas será que eu quero realmente alguma coisa?
Será?
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3 comentários:
Sei como é ser tigre enjaulado mas pior, por ser gente.
Deixo beijinho
e vão duas.
hoje, eu sinto que até tenho a jaula aberta, mas prefiro ficar a olhar pelas grades, inconsciente de que está assim. porque saindo dela não sei bem por onde me encaminharia. e não sei se queria ver alguém se não. são bocados esfarrapados dos dias. acredito sempre que as manhãs os voltem a tecer ou tenham paciência para os entrançar. só esperar um pouco que o escuro se levante e o ar se torne mais leve. respirar.
deixo beijinho também.
Pior que uma jaula, a minha é circular, um caminho que percorro todos os dias e cujas barras de ferro me impedem de sair. Vejo os fantasmas de experiências passarem junto a mim e eu estico a mão, juro que estico, e não os consigo agarrar.
Espero por quem me abra a porta. E aí... Nem eu sei...
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