segunda-feira, 25 de abril de 2011

Conto erótico

Lita preparava-se para dormir. Após um banho reconfortante, vestiu o seu robe e foi até à cozinha para preparar o seu leite quente. Esperava que o micro-ondas acabasse o seu trabalho quando alguém lhe bateu à porta. Espreitou pelo buraquinho construído para o efeito e ficou muito espantada quando Gabriel lhe sorriu. A esta hora? Mordendo o lábio inferior de nervosismo, ela abriu a porta e convidou-o a entrar.
O sorriso de Gabriel era desarmante. Ela sentiu a sua cara enrubescer enquanto ele a olhava e se deleitava com a sua visão, vestida de roupão. Aproximou-se para um abraço e o leve odor a flores do gel de banho de Lita encheu-lhe as narinas, provocando imagens de doces pradarias na sua mente. O cheiro tão agradável e tão convidativo.... O cabelo molhado tocou-lhe ao de leve na cara e ele acariciou-o com ela, roçando levemente a sua face no cabelo e depois na face da sua amada. A face de Lita torna-se mais rubra ainda e um sorriso envergonhado aparece.
O abraço é desfeito e Gabriel cumprimenta-a com um beijo. Um simples e delicado beijo, no canto dos lábios rosados e delicados da doce moça. Um beijo que a inflama por dentro e a faz corresponder, o seu coração apressado batendo-lhe no peito, incitando-a a prosseguir. Os seus lábios unem-se num só, um beijo delicado e suave entre os dois, onde se roçam e partilham o calor um do outro. Suas línguas separam os rosáceos lábios e tocam-se levemente, a saliva mesclando-se e criando um sabor, um odor único deste par, o afrodisíaco mais potente para eles, que os leva a aconchegarem-se mais nos braços de amor um do outro.
Lita recua e sorri, totalmente esquecida do sonoro 'plim' que o micro-ondas produziu e leva Gabriel para o seu quarto. Com um gesto autoritário manda-o sentar-se na cama, olhando para si. Por vezes isto acontecia. Uma mudança súbita na sua maneira de ser, como se outra mulher, mais experiente, se apoderasse dela e do seu corpo. O seu olhar envergonhado passou a um atrevido, pálpebras entreabertas e a olhar de soslaio. Os seus movimentos tornaram-se predatórios e calculados, arrastando-se lentamente pelo seu robe em direção ao nó que o apertava. Com um leve movimento hipnótico de ancas, as suas mão desatam o nó do roupão, levando a que este automaticamente caia dos seus ombros em direção ao chão, revelando a sua nudez.
O seu corpo bronzeado e pequeno e proporcional, como que torneado por um grande artista, move-se sensualmente em direção a Gabriel, que sorri com prazer e se recosta na cama. Os seios redondos e pequenos pendurados no seu peito olham para ele, provocando-o com os seus pequenos saltos e com a forma dos seus mamilos apontando para ele. No meio das pernas dela, um pequeno, quase minúsculo, tufo de pêlos que o convida e provoca. O cheiro de Lita chega-lhe às narinas e activa a sua libido, aumentando o seu desejo exponencialmente.

Lita aproxima-se a passos lentos e debruça-se sobre o seu amado, beijando-o louca e languidamente, as suas línguas numa dança frenética e sensual, aumentando o calor dentro do quarto. As mãos dele exploram o corpo desnudo da ninfa que se apodera dele, percorrendo cada curva do seu torso e abdómen até chegar aos seus quadris e, finalmente, à sua fonte de prazer, que jaz húmida e morna, apetecível e sedutora. Lita geme levemente e continua, forçando-o a deitar-se. Recua do beijo e desce no corpo, as suas mãos encontrando o caminho até à pele e afastando as roupas para cima inicia um percurso tortuoso por ela acima, tal formiga subindo uma árvore, levando os pedaços de tecido consigo até que estes saiam e sejam atirados algures para o lado da cama. Lita deixa os seus seios tocarem levemente no peito de Gabriel, a mínima sensação que provoca espasmos de prazer pelos seus másculos músculos peitorais. Continua beijando o peito musculado do seu homem, auxiliada pelas pontas dos seus dedos que o percorrem e procuram a humidade da sua boca, a aspereza das suas mãos, a rijeza do seu abdómen e finalmente o botão das suas calças.

Mais uma mudança de personalidade e Lita torna-se selvagem, atirando-se às calças dele com voracidade e arremessando-as para o fundo do quarto com violência, numa ânsia de o ver nu. Com movimentos rápidos e certeiros o consegue, parando por momentos para o observar num todo, o seu pénis rijo e erecto, todos os seus músculos bem tonificados e brilhantes do suor que começa a aparecer. Gabriel aproveita para se recompor e levantar, abraçando de novo Lita e tomando ele o poder. Pega nela ao colo e deita-a na cama, ao longo de um apaixonado beijo. Os seus corpos encostam-se e sentem-se, deixando ambos loucos e ávidos de prazer, querendo mais e mais um do outro. Os seus beijos tornam-se vorazes, quase canibais, tal a ânsia de se possuírem, de se terem, de serem um só! As mãos dela acariciam-lhe a lança, as dele nadam no rio de fluidos que ela agora produz de tanta excitação.

Num movimento fluido, ele penetra-a, levando tudo a uma paragem momentânea, em que tudo o que importa são aqueles milímetros em que ele avança sobre ela, onde o barco atraca na praia. Nada mais importa. O fôlego retorna a aparecer, quase magicamente, e uma nova dança começa, uma dança repetitiva, que cria uma onda crescente de prazer em ambos os corpos que agora são unos e que se movimentam a um mesmo ritmo. Ouve-se a música de gemidos e arfados, um crescendo quase Clássico, a derradeira música da paixão. A acção torna-se progressivamente frenética, as duas almas prontas a unirem-se numa explosão de prazer, que se inicia subitamente, levando a movimentos espasmódicos que retiram o ar dos seus pulmões, deixando-os rendidos aos tremores que os assolam quando a energia se vai e se dissipa no final do acto.

Esgotados, trocam olhares cansados e apaixonados, breves carícias nas suas caras e inocentes beijos que os enternecem e, suavemente, os fazem deslizar para o mundo dos sonhos.....

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