terça-feira, 29 de abril de 2008

Leto (of the Crows)

"Na mitologia grega, Leto, é a filha dos titãs Coeus e Phoebe. No ponto de vista do Olimpo, Zeus é o pai dos seus filhos gémeos, Apolo e Artemis, os Letoides."
in Wikipédia

Ora bem, posso constatar que isto está errado. É verdade! Leto não é nenhuma filha de titãs (até porque de titã não tem nada. Pequena, fofinha e linda como um melro no pico do verão, só muito dificilmente alguém a confundiria com um titã feio e opulento.). E afirmo isto pois eu já me deparei com Leto várias vezes! Inclusivamente, já a abracei!!! Ah pois é!!! Leto é uma rapariga fofinha, que dá pelo cognome de Senhora dos Corvos. E querem saber mais? É a MINHA Senhora dos Corvos, pois apenas eu a trato assim e porque o quer insiste em tratá-la por Senhora das Gralhas (ele vai sofrer, não se preocupem, hehehehe).

E pronto, queria apenas deixar esta nota, para não acreditarem no que virem numa enciclopédia de mitologia (como me aconteceu esta semana na Bertrand).

Um beijinhu grande e vampírico para a minha Senhora dos Corvos!!!!! :^-^:

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Agamémnon, o guerreiro - Excertos

"E, quando ao sopro da mudança do vento impuro, o seu espírito se dobrou ao jugo da necessidade, então ele assumiu um pensamento capaz de todas as audácias. Pois a demência funesta, a fúria que é a primeira causa dos nossos males, inspira aos mortais ousadia com os seus vergonhosos conselhos. Foi assim que ele teve coragem para sacrificar a filha. (...)"

"O futuro poderás conhecê-lo depois de acontecido. Entretanto esquece-o, dado que antecipá-lo é o mesmo que chorar antes do tempo. (...)"

"A visão de um rosto em lágrimas apresenta-se-me em sonhos, trazendo alegria vã, pois é em vão que alguém julga ver a imagem da felicidade, se logo ela se lhe escoa por entre as mãos, não voltando a sulcar com asas os caminhos do sonho."

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Fallen Angel


É uma dor que não consigo explicar. Prende-me os movimentos e arqueia-me as costas, não me deixando mexer. Uma dor constantemente agonizante que me tortura e me contorce. Facas que percorrem o meu corpo debaixo da minha pele.
Num momento de lacinante dor que me paraliza todo o corpo, sinto as costas a rasgar e o sangue a brotar como uma cascata quente que pinta o chão de vermelho rubro. Uma corrente de ar parece avançar de mim, percorrendo toda a redondeza. Sinto-me estranho... A dor passou...
Levanto-me devagar e sinto-me perder o balanço para trás. Após um momento de luta entre eu e o meu corpo, equilibro-me como se transportasse um fardo de batatas às costas e avanço de encontro ao espelho. A minha própria visão roubou-me o dom da fala, como se da Morte se tratasse.
São brancas como o marfim e têm um brilho próprio que ofusca tudo à sua volta. Estendem-se desde dois palmos acima da minha cabeça até aos meus tornozelos, compridas e longas. Numa tentativa de auto-domínio, descobri a maneira de as esticar para os lados. A sua envergadura é inimaginável... As suas penas são seda nas minhas mãos, com um ligeiro aroma a jasmim, apesar de terem sido banhadas com sangue. Sangue? Mas onde está ele? No chão apenas! Nelas, nem um sinal! Mas que magia é esta? Não... não é magia... é um dom...
Corro para a janela e atiro-me sem medo por ela, todas as entidades do ar a passarem por mim num torvelinho. Breves segundos passam antes de eu as esticar inteiramente para os lados e sentir a força do atrito a impedir-me de cair. As correntes de ar elevam-me no ar e sigo como um pássaro, batendo com força, impelindo-me para a frente com força. O vento frio percorre o meu corpo em ondas, gelando-me por fora enquanto o esforço me aquece por dentro. É um misto de sensações que me deixa ébrio de sentimento. Liberdade.... Finalmente...
As minhas asas trazem-me liberdade e posso finalmente voar para longe dos problemas... Um anjo caído na terra, incompreendido mas finalmente livre.

domingo, 6 de abril de 2008

Invocação aos Deuses do Olimpo

Deuses! Ninfas! Emissários!
A vocês eu invoco!
A Afrodite, Rainha da Beleza, eu invoco!
A Hades, Senhor dos Mortos, eu chamo!
A Perséfone, Princesa de Duas Faces, eu peço atenção!
A Artemis, a Grande Caçadora, eu clamo!
A Zeus, o Grande Pai, eu me ajoelho!
Oiçam as minhas preces e ofertem-me a vossa inspiração!
Que as nossas ideias sejam dignas de vós, grandes deuses!

IKIAI IKIAI AUHAAAAAAA!!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Coincidências Irónicas....


Será pura ironia ou controvérsia, um engano ou uma ilusão, a ideia de que quanto mais tento esquecer algo, mais me vejo rodeado por ele? É incrível a força com que tenho de me aplicar todos os dias para não entrar num estado de frustração profunda que me levaria numa espiral de retroalimentação positiva (que de positiva não teria nada). Isto porque torna-se frequente deparar-me com aquilo que quero esquecer.
Será maldição? Terei agido mal? Certamente terei e reconheço. Mas porquê tanta vil tortura de sol a sol, um constante dilacerar de alma que me atormenta? Já chega! Quero libertar-me! Parem de me perseguir, pensamentos infames e vis! São inúteis dentro da minha cabeça, erva daninhas que me não deixam viver!

Porque razão me comparo eu a Marius? Ele, e só ele, que tão bem me conhece agora e que passou por tudo o que passei eu. A sua querela com Pandora, um amor odioso ou um ódio apaixonado entre os dois, que tanto se assemelha ao que se passa comigo... São tantas as coincidências e reincidências que a minha mente caminha para a loucura....

Por favor, alguém que a impeça, pois sem insanidade, a razão abandona a alma e vegetamos numa vida sem sentido!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Egiptian Valkyrie


Nascida nas tepes de um país do norte, ela é uma guerreira sanguinária famosa, conhecida pelos guerreiros, temida pelos senhores. Filha de um pai viking e de uma mãe egípcia, esta guerreira é uma mistura exótica de beleza destrutiva e de violência sedutora.
Desde muito cedo se mostrou interessada nas artes bélicas. O seu corpo cresceu largo e maciço, mantendo as formas femininas. A sua mente, perspicaz e audaz como uma raposa, rápida e precisa como um falcão, evoluiu bastante depressa para uma criança da sua idade e rapidamente ganhou lugar e fama por entre os entes da sua tribo nómada. Os seus pais foram os seus professores, e que melhores professores poderia ela ter tido? Da agilidade no manejo de armas, à eficácia do seu jogo de palavras e de olhares, duas culturas cresceram neste prodígio da natureza favorecido pelos deuses de ambos os lados. E até Afrodite e Perséfone lhe deram a bênção, tornando-a terrivelmente bela.
Os seus olhos são dois troncos de árvore, duas amêndoas acastanhadas e quase líquidas reunidas no centro de poças de leite materno. O seus lábios rosados e volúveis apelam ao hipnotismo, deixando qualquer um embasbacado pela sua perfeição e suavidade. Ambas estas entidades assentam num rosto oval e curvilíneo, de bochechas ligeiramente rechonchudas. Um nariz empinado e fino, estranhamente sedutor divide a simetria da sua cara. Fios de negro ébano caem do topo da sua cabeça, longos fios ondulados e espessos que se deixam acariciar pelo vento criando ondas como que chamando o espectador a ir ao seu encontro. Deles se desprende um aroma mágico e afrodisíaco de jasmim, trazendo à loucura um qualquer macho da sua espécie. O seu corpo ondulado e em forma é um desejo tornado realidade. De ancas largas e peitos firmes, ela apresenta medo de ninguém e caminha de cabeça erguida e de costas direitas, desafiando quem lhe aparece pela frente. Mantendo-se entre a escuridão e a luz, permanece um pescoço comprido de pele lisa e pálida, suave ao toque e viciante ao beijo... Toda ela é um ícone à beleza e à sedução....
A sua pintura de guerra torna ainda mais selvagem esta beleza de dois mundos. A sombra negra dos olhos aumenta a sua ferocidade que é contrabalançada pelos traços negros que alongam os amendoados olhos... Uma pintura negra obscurece os seus lábios rosados, tornando-se maquiavélica quando ela lambe o sangue das suas armas e pequenas gotas descem pelos seus lábios e queixo, deixando-a estremecendo de prazer sádico e de pura raiva guerreira.
Armada com dois machados de guerra curvos, de origem nórdica, ela aparenta ser um remoinho sangrento no meio da batalha. A cavalo, nas suas investidas mortais, uma espada comprida e larga balança com os seus poderosos braços, decepando as cabeças ignóbeis dos seus inimigos, juntamente com um grito de libertação vindo do seu âmago, tal tigre no final da caça.

A doce sensualidade de uma guerreira, que me mesmeriza continuamente....

terça-feira, 1 de abril de 2008

Monsday - Journal of Days



Night is my home. The stars glued in the dark blue firmament light my path and show me the way. Travelling swiftly in the stoned floor of the streets of my city, I am a wanderer ignored by all. I am but one amidst the crowd. But I am not like them. I have the gift of Blood. Alone I walk under the moon's blessing and I crave to see everything and anything. I crave for knowledge. I crave for music. Time passes by and its effects slip this polished stone, leaving it unharmed. Night is mine and I belong to her. The windows of my soul wander and glare the world. Sometimes, living statues of ancient Greek muses travel by and attract me, my soul is kept mesmerized by such sight. Romantic as I am, I want to show me to them, I want to love them, I want to embrace them and keep them for me. I beg for these divinities. But I mustn't have them. Because no matter how much I could possibly want them, Death flows in my veins and thus I cannot give in to the temptation of sharing it. Not ever, not never.... I shall remain alone in my search, giving way to knowledge and appraising all of it. For I am an apprentice. The eternal apprentice....

Angelus